A palavra idolatria é formada por dois vocábulos gregos: eidolon =ídolo + latria=adoração. Idolatria, portanto, é a adoração aos ídolos. Teologicamente, idolatria é tudo aquilo que, em nosso coração, tira a primazia de Deus. Além de afrontá-lo como único e verdadeiro Deus, rouba-lhe a glória e consagra-a às obras que nada são; ignora-lhe a eterna e inquestionável soberania; além de zombar das reivindicações que Ele apresenta em sua Palavra. Nas suas epístolas, os apóstolos condenaram duramente o envolvimento dos cristãos com a idolatria (ver 1Co 10.14; 1Pe 4.3). Em sua Primeira Epístola Universal, recomenda João: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos(1 Jo 5.21).
O certo é que Satanás deseja o lugar de Deus para ser adorado. São pouquíssimas pessoas que o glorificam aberta e conscientemente. Por isso, o que lhe resta é desviar o louvor que seria para o Altíssimo. Deus quer a adoração de um povo separado, exclusivo seu. Quando a Samaritana quis saber de Jesus qual o lugar correto onde se deve adorar, Ele respondeu: Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o pai em espírito e em verdade(que é a Palavra de Deus); porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito(por isso a adoração tem que ser espiritual) e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (Jo 4. 23,24). Se Deus é espírito, não há imagem que se possa fazer Dele. Mas o homem carnal precisa ver, pegar. Aí entra o diabo e desvia o louvor que seria para Deus (ver 1Co 10.19,20).
Quando Deus proibiu que se fizesse imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra, alertou que não se adorasse, nem lhes dessem culto; pois, sendo Deus zeloso, visitaria a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que assim agissem (ver Ex 20.4,5). Esse texto é uma proibição e se refere a toda e qualquer representação ou símbolos da divindade que o homem faça, para curvar-se perante eles ou de usá-los em seu culto ao único Deus verdadeiro. Também não depende de estudos para ser entendido. Ele é direto e até uma criança pode compreendê-lo. Entretanto, certo segmento da Igreja de Cristo avança pelos séculos carregando uma quantidade enorme de imagens de escultura. Sabemos que seus fiéis são pessoas inteligentes e querem servir ao Deus da Bíblia. Por que então ajoelham-se diante dos “santos”? Não são imagens de homens? Só podemos concluir que a “tradição” age neles com mais força do que a Palavra de Deus. Pelo intelecto, entendem que estão errados, mas o medo de irem contra a “religião” da família os aprisiona. Para justificarem essa rebelião com Deus, alegam que só adoram a Deus, as imagens dos santos apenas veneram.
No Dicionário Aurélio eletrônico, tem-se que “venerar” também é render culto e, portanto, idolatria. Não há dúvida de que Satanás tem conseguido iludir muitas vidas durante séculos e os mantém atolados em suas tradições. Estas não possuem base bíblica, mas têm o poder de prendê-las e ainda desviam a adoração do Senhor. A Palavra de Deus está cheia de advertências sobre as imagens, porém, os que permanecem na cegueira espiritual preferem alegar que, a proibição que Deus fez foi quanto a Israel da Carne, porém, quem conhece a verdade bíblica, sabe que a verdadeira Israel de Deus é a espiritual (Igreja de Cristo). E mais, a Bíblia nos diz claramente “que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana”(2Pe 1.20-21), e também: “toda Escritura é inspirada por Deus”(2Tm 3.16).
Através do profeta Isaías , Deus disse: Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura(Is 42.8). Á luz da Palavra de Deus, nem Maria(mãe terrena de Jesus) e nem os demais santos da Igreja, fiéis cumpridores da Lei de Deus, jamais aceitariam ser venerados(idolatrados), como enganosamente pensam alguns pretensiosos dogmáticos da teologia.
Reflexões Bíblicas de autoria do Pastor Presidente:
JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA FILHO.